Quando
fugi da dor, fugindo ao mundo,
Divisei
aos meus pés, de mim diante,
A
medonha figura de gigante
Do
Remorso, de olhar grave e profundo.
Era
de ouvir-lhe o grito gemebundo,
Sua
voz cavernosa e soluçante!...
Aproximei-me
dele, suplicante,
Dizendo-lhe,
cansado e moribundo: –
“Que fazes ao meu lado, corvo horrendo,
Se
enlouqueci no meu degredo estranho,
Acordando-me
em lágrimas, gemendo?”
Ele
riu-se e clamou para meus ais:
“Companheiro
na dor, eu te acompanho,
Nunca
mais te abandono! Nunca mais!”
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932